sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Diazen: Eficaz no Tratamento da Tristeza Parasitária Bovina (TPB) l VetBoi


Chama-se tristeza parasitária bovina o complexo de duas enfermidades causadas por agentes diferentes, porém com sinais clínicos e epidemiologia semelhantes: babesiose e anaplasmose.
No Brasil, a babesiose bovina é causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e a anaplasmose pela rickéttsiaAnaplasma marginale.
São parasitas que vivem e se reproduzem dentro das células vermelhas do sangue (hemácias) e que destroem as mesmas a cada ciclo de multiplicação e, por isso, causam anemia intensa nos animais afetados.
Os agentes da TPB são transmitidos principalmente pelo carrapato do bovino (Ripicephalus microplus). O Anaplasma marginale pode, ainda, ser transmitido mecanicamente por insetos hematófagos, como mutucas, moscas e mosquitos, ou por instrumentos (faca, agulha) durante a castração ou vacinação.
Geralmente as bezerras têm imunidade colostral, ou seja, estão protegidos pelo leite de colostro da vaca, durante os primeiros meses de idade. Depois disso podem ficar doentes ao entrar em contato com os carrapatos. Porém animais mais jovens podem adoecer por falhas na colostragem ou devido a queda dos níveis sanguíneos de anticorpos provenientes do leite da mãe, devido a outros fatores.
Sinais Clínicos
Os sinais clínicos na anaplasmose e na babesiose por Babesia bigemina são apatia, anorexia, emagrecimento, pelos arrepiados, coração acelerado, respiração acelerada (batedeira), ausência de ruminação, quebra de leite (se for vaca), anemia (mucosa branca do olho, da boca, da vulva, mais freqüente na babesiose), icterícia (amarelado, mais freqüente na anaplasmose). A temperatura é frequentemente maior que 41C.
A infecção por Babesia bovis pode causar uma quadro conhecido como babesiose cerebral ou nervosa, devido ao entupimento dos capilares cerebrais.
Prevenção
A quimioprofilaxia é a prática na qual se utiliza um medicamento habitualmente empregado para o tratamento da tristeza parasitária como uma forma de se “prevenir” a doença. O medicamento eleito deve ter sua atividade conhecida e específica contra o agente que se deseja controlar (anaplasma, babesia ou ambos). O objetivo desta prática é evitar o surgimento de níveis elevados de parasitemia, mantendo o agente em níveis subclínicos. Vários autores destacam que a quimioprofilaxia exige conhecimento da epidemiologia dos agentes, sendo essencial que os animais sejam expostos aos agentes durante o período profilático para que ocorra infecção natural e desenvolvimento de imunidade. Haverá um ponto em que os níveis plasmáticos da droga serão suficientemente baixos para permitir que ocorra infecção, porém ainda elevados o suficiente para prevenir infecção aguda fatal.
O período médio de incubação (tempo decorrido entre a exposição ao organismo patogênico e a manifestação dos primeiros sintomas da doença) da Babesia é em torno de 07 dias e do Anaplasmaem torno de 28 dias. Esses dados são importantes no momento de se decidir pelas dosagens a serem utilizadas nos esquemas quimioprofiláticos. Se pensarmos em fazendas onde haja problema misto, ou seja, infecção por Babesia e Anaplasma, temos que recomendar duas doses de Diazen intervaladas de 25 dias, sendo que a primeira deve ser de 1ml/100Kg/SC (dose efetiva contra babesiose) e a segunda de 1ml/40Kg/SC (dose efetiva contra anaplasmose).


Fonte: http://www.vallee.com.br


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